Setor cafeeiro projeta alta de receita em 2025
O setor cafeeiro brasileiro projeta para 2025 uma receita bruta de R$ 119,05 bilhões, alta de 170% em relação aos R$ 44,21 bilhões de 2016. O VBP do arábica cresceu 127,3%, chegando a R$ 86,59 bilhões, enquanto o robusta/conilon disparou 438,3%, atingindo R$ 32,45 bilhões. A região Sudeste lidera com crescimento de 157,6%, enquanto o Nordeste registrou aumento de 382,8%, segundo dados do MAPA e do IBGE.Cerrado das Águas realiza oficina de restauração
O Consórcio Cerrado das Águas avança em projeto de restauração ecológica em Patrocínio (MG), abrangendo 202,32 hectares em três bacias hidrográficas. Financiado pela Petrobras e pelo BNDES, o projeto promove produção cafeeira sustentável, resiliência climática e renda rural por meio de restauração, capacitação e gestão hídrica. Em 11 de setembro de 2025, uma oficina no Coffee Excellence Center discutiu estratégias de biodiversidade e integração entre produção e conservação, reunindo produtores e instituições.Nestlé investe R$ 1 bilhão em fábrica de Araras
A Nestlé vai investir R$ 1 bilhão entre 2025 e 2028 para modernizar e expandir sua planta de café solúvel em Araras (SP), aumentando a capacidade produtiva em 10%. A modernização inclui uso de IA, IoT e tecnologias da Indústria 4.0 para elevar eficiência, qualidade e competitividade global do Nescafé, exportado para 65 países, reforçando o setor cafeeiro brasileiro.Rainforest Alliance lança certificação regenerativa
A certificação de agricultura regenerativa da Rainforest Alliance para o café brasileiro será lançada em 2026, com foco em restaurar ecossistemas e aumentar em até 30% a renda de pequenos produtores. Desenvolvida em parceria com agricultores, prioriza saúde do solo, resiliência climática, biodiversidade, gestão da água e meios de vida. O papel estratégico do Brasil amplia o acesso a mercados e a sustentabilidade, com verificação por auditorias independentes.Espírito Santo inaugura fábrica de descafeinado
O Espírito Santo inaugurou uma fábrica de café descafeinado em Sooretama, com investimento de R$ 150 milhões e geração de 130 empregos. Utilizando o processo Mountain Water, sem químicos e com preservação do sabor, a DM Descafeinadores do Brasil — joint venture entre a Eisa Interagrícola e a mexicana Descamex — vai abastecer o mercado interno por rodovias e exportar para Europa, Ásia e EUA.Setor cafeeiro faz lobby contra tarifas dos EUA
O setor cafeeiro brasileiro, seguindo o modelo da indústria de suco de laranja, pressiona os EUA ao mostrar que tarifas sobre produtos brasileiros prejudicam consumidores americanos, podendo encarecer o café da manhã. O deputado Pedro Lupion, durante o Fórum do Agronegócio do Paraná, demonstrou otimismo, mas destacou as complexidades políticas, sem indicar prazo para solução.Infraestrutura portuária gera grandes perdas ao café
A infraestrutura portuária defasada do Brasil provocou a perda de 508.732 sacas de 60 kg de café em julho de 2025, o equivalente a 1.542 contêineres, impedindo receita de exportação de USD 196,05 milhões, segundo a Cecafé. O problema gerou ainda R$ 4,14 milhões em custos extras de armazenagem e atrasos. Desde junho de 2024, as perdas totais com gargalos logísticos somam R$ 83,06 milhões. A Cecafé pede medidas emergenciais, como leilões portuários e melhorias na logística, alertando que os desafios devem se agravar durante a safra.
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